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quarta-feira, 18 de novembro de 2009

Controle demográfico é crucial na luta contra o aquecimento global


PARIS, França — A participação das mulheres, que são particularmente vulneráveis às mudanças climáticas, e o controle demográfico são cruciais na luta contra o aquecimento global, destaca um relatório da ONU, que faz um pedido urgente de planejamento familiar.

O documento sobre o Estado da População Mundial em 2009, publicado nesta quarta-feira pelo Fundo de População das Nações Unidas (UNFPA), afirma que a mudança climática também é um problema relacionado com a dinâmica demográfica, a pobreza e a igualdade entre os sexos.

"A redução das taxas de natalidade ajudaria a reduzir as emissões de gases de efeito estufa a longo prazo", afirma a ONU como um exemplo da necessidade de controlar o crescimento demográfico.

O relatório adverte que qualquer tratado adotado na Conferência da ONU sobre as Mudanças Climáticas, que acontecerá em dezembro em Copenhague, e qualquer estratégia mundial a respeito devem levar especialmente em consideração, se não quiserem fracassar, as mulheres e seu papel no planejamento familiar.

"Um crescimento da população mais lento contribuiria para reduzir as futuras emissões de gases do efeito estufa", ressalta a diretora do UNFPA, Thoraya Ahmed Obaid, no informe, que lembra que nos últimos 100 anos a temperatura da superfície terrestre aumentou 0,74 grau centígrado.

O planejamento familiar facilitaria ainda a resposta social a catástrofes causadas pelo aquecimento global, que já aumentou o nível do mar e intensificou as tempestades e secas, afirma Obaid na introdução do relatório.

"O planejamento familiar, o atendimento da saúde reprodutiva e as relações entre homens e mulheres são cruciais para contra-atacar o aquecimento do planeta, que tem afetado muitos ecossistemas e criado grandes riscos para o bem-estar dos seres humanos", afirma a ONU.

O documento comprova que, atualmente, a maior parte do debate sobre a mudança climática gira em torno das responsabilidades relacionadas aos países no que diz respeito a limitar o aumento das emissões de gases de efeito estufa, além de sobre como financiar medidas para uma transição à energia de baixa produção de carbono e outras tecnologias.

Os temas - e as perguntas sobre qual é o melhor enfoque para reduzir as emissões de carbono, e quem deveria assumir a responsabilidade financeira de abordar a mudança climática, atual e futura - são cruciais, admite o UNFPA.

"Mas é preciso destacar também como os comportamentos individuais podem prejudicar ou favorecer as ações mundiais para abordar as mudanças climáticas", destaca.

O estudo da ONU adverte que sem levar em consideração os temas vinculados à mulher, como o planejamento familiar, qualquer acordo sobre o clima não terá muita utilidade, porque será ineficaz.

"A probabilidade de que os acordos internacionais e as políticas nacionais sobre o aquecimento global alcancem a longo prazo seus objetivos é maior se forem consideradas a dinâmica da população, as relações entre os sexos e o bem-estar da mulher, além de seu acesso a serviços e oportunidades", enfatiza o relatório.

A ONU, que reafirma que os países ricos geram a maior parte das emissões de gases de efeito estufa que aquecem a atmosfera, pede ainda uma análise mais detalhada dos efeitos sobre a população do aquecimento global, para melhores tentativas de combatê-los.

O documento de 150 páginas conclui que é necessário examinar com mais detalhes as maneiras como o aquecimento da superfície terrestre - que se prosseguir, ou acelerar as tendências recentes, pode aumentar de quatro a seis graus até 2100 - afetará as mulheres, os homens e as crianças, em todo o mundo e dentro de cada país.

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